domingo, 17 de outubro de 2010

Eu sei que essa necessidade toda é assustadora, mas a mais assustada da história sou eu por sentir que não consigo mais ser independente em nada. Não sei agir dessa maneira, não sei não ter controle e só sinto que tenho um pouco de paz quando visto a sua blusa ou sinto a ponta dos seus dedos nos meus braços. Ou quando você chega silencioso e me abraça forte como se entendesse a necessidade do silêncio naquele momento e conseguisse resumir tudo naquele abraço. Como se você tivesse o poder de puxar para si todas as coisas pontudas que doem de dentro de mim me envolvendo nos seus braços. E aí o mundo inteiro pode acabar, a Terceira Guerra Mundial pode começar, um vendaval pode levar nossa varanda que eu não ligo. E me sinto segura, me sinto bem, como se seus braços pudessem me proteger de tudo o que existe - dentro e fora da minha cabeça. Não vá embora. Estou aqui como criança indefesa que pede humilde um carinho um colo ou qualquer coisa que ofereça calor - então fique só mais cinco minutos. E daqui a cinco minutos, te pedirei só mais cinco. - Clarissa M. Lamega

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