domingo, 17 de outubro de 2010

clarice lispector.

E assim como a primavera, eu me deixei cortar para vir mais forte...

Sempre tenho a estranha sensação, embora tudo tenha mudado e eu esteja muito bem agora, de que este dia ainda continua o mesmo, como um relógio enguiçado preso no mesmo momento – aquele.

Eu sou sozinha no mundo e não acredito em ninguém, todos mentem, às vezes até na hora do amor, eu não acho que um ser fale com o outro, a verdade só me vem quando estou sozinha.

Quero os que me acham antipática, porque com esses eu tenho afinidade: tenho profunda antipatia por mim.

"E "eu te amo" era uma farpa que não se podia tirar com uma pinça. Farpa incrustada na parte mais grossa da sola do pé."

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