segunda-feira, 15 de junho de 2009

As memórias não têm de estar fechadas num livro. Num diário de borbulhas e de rebeldias incompreendidas. Um amor não tem de escolher gerações. Um amor não deve viver na sombra dos dias. Os sonhos não devem ser a simples ressaca do que não se realiza. Se te amo e me foge a coerência do agir e me refúgio na rotina das palavras. Se sou louco para os que não te sentem como eu te sinto no pulsar de cada emoção que deixas fugir quando estás longe ou perto. Se sou um pobre diabo para os que me abraçam e me dão força para deixar a loucura. Se sou para ti um doente que tende a cair no esquecimento atirado para a sala da morte onde me deixaste a definhar e a contar os dias. O especial deu lugar à desilusão e esta traduziu-se na evolução do guerreiro. Deixei escapar a melancolia e comecei a lutar noutras guerras pela conquista do sorriso sarcástico que vai denunciar a tua fraqueza na hora em que o teu lobo fugir com o rabo entre as pernas por entre as florestas que guardam os teus medos. Não há estratégias para atacar o amor, por isso muitos se refugiam no ódio, remédio tão sempre rebuscado sempre que a lucidez nos foge. Não há estratégias nem tácticas elaboradas para a traição, porque essa é uma guerra que não se elabora nos mapas, porque acontece fora deles.Deixo-te a imagem do meu sorriso e das minhas lágrimas. Algo que poderás voltar a ver e a sentir mas nunca o brilho doente dos meus olhos que tantas vezes te aclamaram em silêncio e te abraçaram com a força que ia buscar sempre que a tua faltava. Mal eu sabia que me a consumias aos poucos. Mas ainda sobrou um saco cheio dela para juntar ao sorriso que lançarei na passagem por terras inimigas.Se me declaras guerra, declaro-te diplomacia e obrigo-te a assinar este acordo de desarmamento através da indiferença.

Um comentário:

  1. Deixo-te a imagem do meu sorriso e das minhas lágrimas.


    muiiiito lindo esse textoo que tu fez minha prii *-*

    ResponderExcluir